Atendendo a pedidos de quem quer saber, aqui vai o kit de bateria do garoto Brandon Gillies, irmão do guitarrista do Hillsong United, que estive tocando em Porto Alegre no último dia 13 de novembro, no Gigantinho.
Bateria
Foi uma Gretsch Catalina Maple alugada aqui da Made in Brazil ( que por sinal está lá à venda), com tons de 12, 13, surdo de 14 e 16 e bumbo 22. A caixa que o bacana usou foi uma Brady ( marca muito boa australiana ) de 14 x 5 1/2, com aros de madeira. Havia uma Mapex de maple 14 x 6 1/2 de reserva caso precisasse. As peles foram todas trocadas na hora por Remo Clear Emperor nos tons e Diplomat no bumbo.
Pratos
O set de pratos era todo Zildjian, com hit-hat de 16, na verdade dois crash A Custom de 16 ( um bem baleado por sinal). Um crash de 18 A Custom, um ride A Custom de 22, 1 crash de 18 A Custom e mais 1 crash A Custom de 19. Todos pratos grandes, como manda a cartilha do bom rock.
Hardware
Os pedestais era Pearl, Yamaha e Gibraltar, o banco foi um Gibraltar, e já o tom de 13 estava suspendo num pedestal de caixa. O pedal de bumbo foi um Tama Iron Cobra roler glide simples.
Microfones
Os overs eram Senheiser e também o do bumbo. Os demais eram Shure e AKG.
O sistema de monitoração eram um par de in ear da Senheiser.
As baquetas era Pro Mark Milllenium II, 5A, bem grossas, com ponta de madeira.
Acho que era isso.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
O QUE É MELHOR? UM BATERA ESPECIALISTA OU UM GENERALISTA?
Outro dia fiquei sabendo que o produtor Rick Rubin ( Audioslave/Queens of Stoned Age/Red Hot Chilli Peppers/Bestie Boys/ACDC/System of a Down/Wizeer/Metallica/Green Day/U2/Linkin Park..... just to name a few ) estava gravando o novo album das Dixie Chics ( a saber, a maior banda de country pop feminino da história americana) e ele sentiu, pelas composições da banda, que deveria ter uma bateria mais pegada, mais encorpada, mais..rock.
Então convenceu Chad Smtih ( Red Hot Chilli Peppers) a fazer as sessions. Estranho, não? O resultado? Vários Grammys e um dos discos mais vendidos da história da musica country americana.
Aí você pergunta: tá, mas qualquer session drummer teria gravado muito bem aquilo ou talvez até melhor, visto que em Nashville estão alguns dos maiores bateristas gringos ( J.Robinson Jr., Paul Leim, J.D. Blair, etc) e que tocam com todo mundo?
A resposta é ..não. Por que Rick Rubin procurou Chad Smith? Porque eles queriam um disco com uma pegada, com um sotaque mais roqueiro ( Detalhe: 90% das músicas são baladas! ). Por isso chamou um cara limitado, não muito criativo, mas um especialista em backbeat, pegada e constância, coisas que Mr. Smith tem de sobra.
Daí eu acho que existem determinadas ocasiões que um batera generalista, que domina vários ritmos, grooves e licks nem sempre é o indicado para TODO trabalho. No caso do rock, não adianta: é preciso mais do que saber as levadas, saber double-bass figures, etc. É preciso a atitude do rock, entender a proposta do som da banda, do espírito da música, do volume com que se toca, a pegada na caixa ( peça fundamental ) e a constância/consitência.
É claro que bons bateristas podem e devem tocar tudo. Mas somente um especialista sabe as nuances e as sutilezas de cada estilo.
Ponto para as Dixies.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
CONDUZIR OU NÃO CONDUZIR NO CRASH? EIS A QUESTÃO.
Alguém já me disse que regras são feitas para serem quebradas. Não é de todo verdade. Existem as que se você não seguir, se ferra lá na frente. Mas tem outras que vira tolice ficar preso a elas. Me considero em alguns casos ( e estranhos) um purista na bateria. Mas tem umas modernisses que eu curto. Conduzir no crash, por exemplo. No início, achava isso ridículo. Crash é pra acentuar ou finalizar, nunca conduzir. Mas agora, todo batera que se preze conduz no crash. Se não faz, está out.
Essa moda veio do novo rock surgido da mistura do hardcore com o fim do grunge, no final dos anos 90. Os caras do punk, mais especificamente do hardcore, é que vieram com esssa, porque eles tocavam tão alto que a condução no ride não aparecia, além de não ser agressiva o suficiente. Bandas como Nirvana e Foo Fighters (por sinal o mesmo batera), Off Spring, Linkin Park e toda a leva de emocore são mestres nisso.
Na verdade, a onda não é nova. Se você observar os bateristas de rock começo dos anos 70, faziam exatamente isso. Mitch Michell (Jimmy Hendrix), Carl Palmer (ELP), Ginger Baker (Cream), Keith Moon (The Who) todos conduziam no crash. Aliás, Keuth Moon nem tinha ride no kit dele. Porque o ride cymbal estava muito associado ao jazz e não fazia muito sentido no rock, que precisava de volume - a microfonação de bateria era pífia naquela época.
Hoje, parece que o lance é volume de novo. E quanto mais alto melhor. Então, pau no ride e viva a condução no crash. Sem problemas.
TEM SHOW NO TRENSURB GAÚCHO NESTA QUINTA, 27/08
quarta-feira, 15 de julho de 2009
NO COMEÇO ERA MAIS DIFíCIL
É amigo. No começo tudo era mais difícil. Não tinha video-aula, não tinha show de rock por perto, não tinha bateria boa por 500 dólares, não tinha Zildjian, não tinha bar, não tinha cover, não tinha banda (pelo menos onde eu morava). Tudo era muito intuitivo. Mas ao mesmo tempo, era muito, muito divertido.
quinta-feira, 21 de maio de 2009
EU E MEUS SONHOS
BENNY-THE MAN-GREBB
Tem muitos bateristas fenomenais por ai. Tanto brazucas como gringos. Mas preste atenção nesse cara aqui: Benny Greb. Acabou de lançar uma video-aula pela Hudson Music (maior produtora deste segmento no mundo, voltada exclusivamente para bateristas
( www.hudsonmusic.com) que é algo de genial.
Pela simplicidade, pela linguagem, pela abordagem, pela direção de fotografia, pelo roteiro e claro, pelo monstro que é Benny Greb, um batera alemão que toca com algumas bandas do cenário underground europeu, como Jerobeam (www.hazelwood.de/jerobeam).
Mas o fato é que o cara não é um exibicionista, seu kit não é grande, não é um pop star e é muito jovem. Mas é o máximo em finesse, bom gosto, rapidez, dinâmica e principalmente, criatividade.
Confira os videos dele no YouTube. Vale a pena.
Meu mais novo crash-hero.
PRATOS NACIONAIS? NÃO, OBRIGADO. PREFIRO A COZINHA INTERNACIONAL.
Umas das coisas que sempre me deixaram seguro em relação às escolhas que fizm no passado em relação a equipamento foi a de não abrir mão de bons pratos. Afinal, das poucas coisas que você não precisa trocar com frequência num kit são eles. E quando me refiro a bons pratos, falo dos gringos.
Meu primeiro Zildjian, meu mesmo, foi meu irmão Gerson quemme deu e trouxe dos Estados Unidos, lá por 1988 ou 89, não lembro direito. Um crash de 15' Avedis Zildjian. Óbvio que já conhecia a marca antes, ois sempre toquei neles. E quando comecei, só existiam eles - Zildjian e Paiste. Por incrível que pareça, muito mais Paiste que Zildjian. Os fim dos anos 70 e até a metade dos 80 eram dominados pela marca Suíça (que por sinal começou na Russia, antes da I Guerra).
Naquela época, encontrar um Zildjian era muito difícil e caro. Tínhamos que ir ou para os Estados Unidos ou para o Paraguay, na famosa loja PALACIO MUSICAL. Muito tempo depois, uma loja em Novo Hamburgo, 40 min de Porto Alegre passou a importar ( talvez ilegalmente) os pratos e demais acessórios e aí eles começaram a aparecer com maior ferquência por aqui.
Mas nem se falava em pratos nacionais. Aliás, isso era motivo de piada entre os músicos. Só no fim dos anos 90 é que começaram a aparecer alguns aventureiros, como a Octagon e mais tarde a Orion. E teve que gramar muito para convencer os bateristas a usarem seus produtos.
Hoje, muitos bateras iniciantes compram kits inteiros Orion ou Octagon, claro, pelo preço. A minha dica é: não vale a pena. Junte uma grana a mais e compre pelo menos um kit básico de Zidjians, Paiste, Sabian ou Meinl. Você não vai se arrepender.
Meu primeiro Zildjian, meu mesmo, foi meu irmão Gerson quemme deu e trouxe dos Estados Unidos, lá por 1988 ou 89, não lembro direito. Um crash de 15' Avedis Zildjian. Óbvio que já conhecia a marca antes, ois sempre toquei neles. E quando comecei, só existiam eles - Zildjian e Paiste. Por incrível que pareça, muito mais Paiste que Zildjian. Os fim dos anos 70 e até a metade dos 80 eram dominados pela marca Suíça (que por sinal começou na Russia, antes da I Guerra).
Naquela época, encontrar um Zildjian era muito difícil e caro. Tínhamos que ir ou para os Estados Unidos ou para o Paraguay, na famosa loja PALACIO MUSICAL. Muito tempo depois, uma loja em Novo Hamburgo, 40 min de Porto Alegre passou a importar ( talvez ilegalmente) os pratos e demais acessórios e aí eles começaram a aparecer com maior ferquência por aqui.
Mas nem se falava em pratos nacionais. Aliás, isso era motivo de piada entre os músicos. Só no fim dos anos 90 é que começaram a aparecer alguns aventureiros, como a Octagon e mais tarde a Orion. E teve que gramar muito para convencer os bateristas a usarem seus produtos.
Hoje, muitos bateras iniciantes compram kits inteiros Orion ou Octagon, claro, pelo preço. A minha dica é: não vale a pena. Junte uma grana a mais e compre pelo menos um kit básico de Zidjians, Paiste, Sabian ou Meinl. Você não vai se arrepender.
FAÇA AS MALAS COM AS COISAS CERTAS.
Reparou no detalhe da cadeira na foto acima? Muitos bateristas ficam meio chateados pelo fato de terem que tocar em baterias capengas nas mais variadas gigs por ai. Confesso que fico. Na verdade, ficava. Hoje já não dou a mínima. Acho que passei de fase. Desde que leve uma de minhas caixas, pedal de bumbo e patos, tá tudo em cima. Já perdi a conta de em quantos modelos diferentes de kits já toquei. Dos melhores aos mais vagabundos.
Isso acontece por dois motivos: primeiro, você precisa ser de uma banda grande ou acompanhar um artisat de renome para exigir que o seu kit seja usado, e somente por você. Do contrário, será usado o kit da casa/sonorização. Segundo, as empresas que colocam som em festivais ou grandes shows com vários artistas no Brasil usam um kit "estradeiro", que geralmente será uma Pearl Export, uma Tama Superstar ou uma Yamaha Stage Custom . São kits que " duram" e aguentam o tranco ( montagem, desmontagem) das viagens e noites. Logo, a preocupação aqui é a durabilidade sem a necessidade de comprar peças de reposição, o que gera custo para a empresa.
Meu conselho então é esse: leve suas coisas. Pelo menos isso (cx+prt+pdl ), para garantir um mínimo de performance. O resto é baile.
Isso acontece por dois motivos: primeiro, você precisa ser de uma banda grande ou acompanhar um artisat de renome para exigir que o seu kit seja usado, e somente por você. Do contrário, será usado o kit da casa/sonorização. Segundo, as empresas que colocam som em festivais ou grandes shows com vários artistas no Brasil usam um kit "estradeiro", que geralmente será uma Pearl Export, uma Tama Superstar ou uma Yamaha Stage Custom . São kits que " duram" e aguentam o tranco ( montagem, desmontagem) das viagens e noites. Logo, a preocupação aqui é a durabilidade sem a necessidade de comprar peças de reposição, o que gera custo para a empresa.
Meu conselho então é esse: leve suas coisas. Pelo menos isso (cx+prt+pdl ), para garantir um mínimo de performance. O resto é baile.
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