quinta-feira, 20 de agosto de 2009

CONDUZIR OU NÃO CONDUZIR NO CRASH? EIS A QUESTÃO.


Alguém já me disse que regras são feitas para serem quebradas. Não é de todo verdade. Existem as que se você não seguir, se ferra lá na frente. Mas tem outras que vira tolice ficar preso a elas. Me considero em alguns casos ( e estranhos) um purista na bateria. Mas tem umas modernisses que eu curto. Conduzir no crash, por exemplo. No início, achava isso ridículo. Crash é pra acentuar ou finalizar, nunca conduzir. Mas agora, todo batera que se preze conduz no crash. Se não faz, está out.

Essa moda veio do novo rock surgido da mistura do hardcore com o fim do grunge, no final dos anos 90. Os caras do punk, mais especificamente do hardcore, é que vieram com esssa, porque eles tocavam tão alto que a condução no ride não aparecia, além de não ser agressiva o suficiente. Bandas como Nirvana e Foo Fighters (por sinal o mesmo batera), Off Spring, Linkin Park e toda a leva de emocore são mestres nisso.

Na verdade, a onda não é nova. Se você observar os bateristas de rock começo dos anos 70, faziam exatamente isso. Mitch Michell (Jimmy Hendrix), Carl Palmer (ELP), Ginger Baker (Cream), Keith Moon (The Who) todos conduziam no crash. Aliás, Keuth Moon nem tinha ride no kit dele. Porque o ride cymbal estava muito associado ao jazz e não fazia muito sentido no rock, que precisava de volume - a microfonação de bateria era pífia naquela época.

Hoje, parece que o lance é volume de novo. E quanto mais alto melhor. Então, pau no ride e viva a condução no crash. Sem problemas.

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