segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O QUE É MELHOR? UM BATERA ESPECIALISTA OU UM GENERALISTA?


Outro dia fiquei sabendo que o produtor Rick Rubin ( Audioslave/Queens of Stoned Age/Red Hot Chilli Peppers/Bestie Boys/ACDC/System of a Down/Wizeer/Metallica/Green Day/U2/Linkin Park..... just to name a few ) estava gravando o novo album das Dixie Chics ( a saber, a maior banda de country pop feminino da história americana) e ele sentiu, pelas composições da banda, que deveria ter uma bateria mais pegada, mais encorpada, mais..rock.
Então convenceu Chad Smtih ( Red Hot Chilli Peppers) a fazer as sessions. Estranho, não? O resultado? Vários Grammys e um dos discos mais vendidos da história da musica country americana.

Aí você pergunta: tá, mas qualquer session drummer teria gravado muito bem aquilo ou talvez até melhor, visto que em Nashville estão alguns dos maiores bateristas gringos ( J.Robinson Jr., Paul Leim, J.D. Blair, etc) e que tocam com todo mundo?

A resposta é ..não. Por que Rick Rubin procurou Chad Smith? Porque eles queriam um disco com uma pegada, com um sotaque mais roqueiro ( Detalhe: 90% das músicas são baladas! ). Por isso chamou um cara limitado, não muito criativo, mas um especialista em backbeat, pegada e constância, coisas que Mr. Smith tem de sobra.

Daí eu acho que existem determinadas ocasiões que um batera generalista, que domina vários ritmos, grooves e licks nem sempre é o indicado para TODO trabalho. No caso do rock, não adianta: é preciso mais do que saber as levadas, saber double-bass figures, etc. É preciso a atitude do rock, entender a proposta do som da banda, do espírito da música, do volume com que se toca, a pegada na caixa ( peça fundamental ) e a constância/consitência.

É claro que bons bateristas podem e devem tocar tudo. Mas somente um especialista sabe as nuances e as sutilezas de cada estilo.

Ponto para as Dixies.